2006/05/15


MINIGOLFE EM PORTUGAL QUE FUTURO ?

Caros minigolfistas em primeiro lugar quero saudar todos aqueles que praticam a modalidade em Portugal e que contribuem para o avanço da mesma.
Ao escrever pela primeira vez neste blog quero apenas contribuir para um debate franco e aberto sobre o Minigolfe, uma modalidade desportiva de que sempre gostei, gosto e gostarei.
Começo pelo presente; actualmente surgem novos jogadores oriundos de locais diferentes dos habituais (Pombal, Portel, Faro), a sua inclusão permite á modalidade olhar para o futuro não de uma forma excessivamente optimista mas pelo menos relativamente optimista.
E porquê ?
Porque estes novos elementos para continuarem na modalidade e evoluirem sustentadamente deverão ser alvo de acompanhamento e apoio técnico infelizmente arredado da maior parte das equipas presentes nas competições nacionais onde a falta de conhecimentos e de capacidade para o treino e ensinamento é por demais evidente (felizmente existem algumas excepções).
Em 2005 a Federação Portuguesa de Minigolfe, o Munícipio de Pombal e a Federação Mundial levaram a cabo uma organização excelente nos Campeonatos Internacionais de Juniores (Nations Cup e Europeu). As lições daí tiradas foram muitas, mas permitam que fale em formação e em treino organizado, afinal a base óbvia do sucesso de quem compete e olha as modalidades como veiculos não só de lazer mas também de competição digna desse nome.
Durante a realização desses campeonatos decorreu parte de um curso de 2º nível Internacional o qual ainda não está completo mas que teve a participação de pouco mais de meia dúzia de intervenientes entre os quais, alguns sob condição, porque nem o primeiro nível ainda tinham.
Além disso a FPM tem planeado(plano anual entregue e aprovado em Assembleia Geral) para este ano de 2005, a realização de um curso de nível 1 sobre o qual infelizmente não tenho ouvido falar últimamente, provavelmente por estar um pouco arredado da modalidade.
Assim sendo, quer-me parecer que face á inclusão de novos jogadores entre os quais e felizmente também vários atletas ao nível da iniciação (infantis), que o futuro passa pela formação das pessoas que podem ensinar Minigolfe. Não basta estar com os jogadores nos dias das provas e pontualmente ir dar algumas instruções, a maior parte das vezes completamente descabidas de conhecimento embora com intenção de ajudar.
E depois há o outro lado, se os jogadores estão ou não predispostos a aprender, se querem evoluir dentro da competição ou se querem fazer do Minigolfe uma modalidade de recreio e de pretexto para passearem e descontrairem da azáfama do dia a dia.
Ambos os casos são reais e em ambas as situações é licito os praticantes fazerem as suas opções.
Será que o modelo de provas actuais contempla estas duas realidades, e será que elas são compativeis ?
Poderiam surgir no quadro nacional vários modelos de competição que permitam tocar todas as necessidades encontradas?
Honestamente não sei mas arrisco-me a dizer que sem formação e sem uma análise muito profunda da situação para se traçarem de seguida, objectivos, estratégias, planos de acção e mapas de controle muito dificilmente se mudará alguma coisa.
Por hoje fico por aqui sobre o tema e peço desculpa por tentar dar uma pedrada no charco, mas apesar de observar á distância, o Minigolfe foi, é , e será sempre muito importante para mim, e para já no mínimo é importante poder opinar.
Já agora despeço-me com o desejo de uma participação muito boa para a Associação de Minigolfe de Évora no Nacional por equipas que se realizará em Miraflores no próximo fim-de-semana em homens e senhoras(actuais campeãs nacionais).


Viva o Minigolfe.


Helder Correia

1 comentário:

Anónimo disse...

Não podia estar mais dea cordo com a maior parte do que foi dito neste texto.
No entanto gostaria de ressalvar o seguinte:
** A FPM infelizmente até agora não deu continuidade ao referido curso de treinadores iniciado em 2005
** A maior parte dos intervenientes no fenómeno minigolfe apenas querem jogar e não querem saber de treinar outros (salvo raras excepções)
** Alguns clubes não apostam na formação e até nem querem mutio que a modalidade evolua

Ciao
Abreu